sexta-feira, 29 de abril de 2011

inova, renova que é nova



Colchão novo, fronhas novas, toalha nova. Cheiros que intimidam, cheiro de roupa limpa. Coisas que se renova, idéias que se inova, cor de vida nova. Um vicio a mais adicionado no cotidiano, um gesto do belo rapaz, sabores de coisas bobas, atitudes daquela gente tola. Foi por um capricho que comecei a me envolver, assim como um livro que comecei a ler. E da mesma forma que não terminei de ler, nem ao menos foi feito o primeiro ato de todo o envolver. 
Talvez o problema é que trago na memória as idéias concretas e nas pontas dos dedos o real dos abstratos. Talvez meu problema foi não ter dado um passo, quer dizer o problema foi não fazer de tudo um fiasco. não termos dado o primeiro passo. Um achava que nada bastava; outro que tudo se exagerava. Mesmo sabendo, no fundo borbulhava-se de tamanha euforia e gloria de tanto merecimento se dado.
Será que o problema foi a espuma nova? As fronhas em tons de rosa? Ou toalhas decoradas com rosas? Não, não. Nem os cheiros, nem todas as coisa novas. Talvez o problema foi a curiosidade de tentar a vida nova.

(Ilana Odorico)

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