segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

cartas não escritas ;


Sinto falta das conversas jogadas fora, das bolas arremessadas, dos dentes e sorrisos soltos, dos abraços que não foram dados, das milhares de musicas repetidas e cantadas, das fotos tiradas, das comidas saboreadas, das tantas danças embaladas, das bocas beijadas, das alegrias causadas, dos versos escritos, dos sentimentos descritos, dos caminhos passados, das estradas deixadas; falta das manhãs com vida, das tardes vividas, das noites que jamais serão abstraídas, das cartas não escritas; falta das coca-colas abertas, das horas sem pressa, dos segredos guardado, dos sonhos compartilhados, dos amores lançados, dos bordões causados; sinto falta de quase tudo que na verdade é tudo. Éramos fortes pilastras, bastava apenas uma a outra, seguíamos nosso lado leste . tudo mudou o sentimento ficou, algumas coisas ate se fizeram a cair, mais nosso lema sempre foi: jamais desistir. sabe aquela frase "de pequenos instantes fazemos grandes momentos" ; pois é sabíamos fazer isso tão bem quanto ninguém, vivíamos de tudo, cantávamos de tudo, falávamos de tudo, éramos de tudo. Eu errei, você errou, ela errou!? Não, talvez nenhuma dessas, o certo seria que: antes éramos: maturamente irresponsáveis, e hoje somos imaturas responsáveis! E esses dois negritos ai não se concretizaram apenas em pensamentos, mais em atitudes também; somos feitos de descobertas, e cada uma seguiu a sua amor, prazer, dinheiro, e seguimos não por sermos inconseqüentes, e sim por sermos responsáveis suficientes do que queríamos seguir, quem sabe o erro foi termos aceitado em silencio. Hoje diria que não me arrependo de nada do que fiz em conjunto com essas amizades; não me arrependo porque foram anos magníficos, algo que não se descreve assim tão fácil, algo que nem todos que estão nesse mundo tem a sorte de sentir e passar. O que construímos ao decorrer de nossa amizade é o que chamo de elo de amor; e esse elo só me trouxe experiências maravilhosas, idéias geniais, lembranças inesquecíveis. Eu fazia daquela amizade e daquelas pilastras o meu ponto de refugio, meu ponto de recolheita, meu ponto de força mais poderoso possível; fazia de nos um elo no qual ninguém pudesse abater; criava-me forças todos os dias para que nada nos , abalasse, e muito menos destruísse; éramos um trevo de quatro folhas eu – ela – você – e a amizade ; quem nos via se cativava com tamanha cumplicidade que tínhamos uma com a outra. Mas quero dar ênfase que eu amei e amo tudo que compartilhei com vocês, que amo cada momento que vivemos juntas, que amo vocês constantemente independente de qualquer coisa nessa vida. E se hoje me arrependo de algo, arrependo-me apenas de não ter cumprido com todas as juras que prometi, arrependo-me de não ido atrás em saber em que ponto realmente falhamos, fazendo com que essas pilastras se afastassem. Mas em compensação hoje vejo que se não fosse essa experiência eu jamais teria descoberto o quanto me fizeram bem, o quanto me fazem bem, o quanto eu me sentia bem, o quanto eu quero o nosso bem! Sem essa experiência eu não teria a oportunidade de estar aqui exprimindo tudo que senti e que sinto; e principalmente não teria a imensa vontade de cantar: Deixe de lado os compromissos marcados perdoa o que puder ser perdoado esquece o que não tiver perdão e vamos voltar aquele lugar vamos voltar, ao tempo em que nada nos dividia, havia motivo pra tudo, e tudo era motivo pra mais, era perfeita simetria


(..) eu amo vocês . 


(Ilana Odorico)

2 comentários:

  1. Ainda mais poetico q o post passado , não sei se poreu ter sentimentos envolvidos por entre essas palavras ,ou se simplesmente no geral isso me toca mais por eu ter vivido .

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  2. and life *-* são coisas que nem se descreve, só sente, apenas sente!

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