quase sempre o que escrevo é sim para alguém.
E no fundo esse alguém ta sempre lendo. E pra ser sincera quero que as coisas
voltem a ser como eram, quando jogávamos as idéias pra dentro, quando decorávamos
os sonhos, cantávamos nossos ideais. Quero que entre nos nossos corpos voltem a
ter aquele curto espaço de distancia, quase imperceptível. Onde nada se
delimite, onde nossos desejos possam estar sendo explorados a cada instante sem
medo de nada. Quero os dias impares e pares ao lado da tua presença. Quero tua ventania,
pois esses meus últimos tempos de
calmaria não anda me servindo pra nada. Não vou dizer que minha essência amenizou,
mas só não sinto que a fragrância esteja sendo exalada da forma mais propicia. Quero
gritar bem no teu ouvido e saber que você vai retribuir-me com mais uns de teus
toques, quero sentir a sensação de te privar de algumas coisas e ler nos teus
olhos que você não da a mínima para minhas limitações. Quero voltar a sentir
aqueles momentos em que você dita as regras e eu domo as rédeas. Aquele tempo
que tudo não passava de realidades não vividas, e atitude bem divididas. Quero sentir a sensação do mesmo sangue
correndo nas nossas veias, seja positivo ou negativo. Quero que esteja
constantemente disposto a qualquer instante que eu solicitar de sua presença. Vou
fingir aqui que você não sabe de nada do que estou falando, e vou dizer: Quero
que tudo volte como sempre deveria ter permanecido. De forma intacta, concreta,
inabalável, silenciosa, prazerosa. E que a única coisa que nos faltasse fossem
as estrelas para nos embaralharmos.
(Ilana Odorico)
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