sexta-feira, 8 de abril de 2011

ser livre . . .


para sair sem ter hora pra chegar, trilhar num caminho sem rumo, pintar as unhas da cor que quiser, falar o que vier, escrever as coisas sem sentido, andar com cabelo desarrumado, sair na rua sem maquiagem, assistir o que me der vontade, beber o que colocarem no meu copo, usar a primeira roupa que me disser oi no guarda-roupa, falar besteira na frente do namorado, escrever torto quando a preguiça vier ao caso,  gastar os últimos  tostões da carteira, tirar uma foto e não colocar legenda, ser livre para dizer não quando o sim não for conveniente, ficar na TV ao invés de ir para os deveres, ficar descalça em um lugar privado, estacionar no lugar indevido, amar e não ser correspondido, perdoar e não ser entendido, sujar o que já foi limpo, desamarrar o que estava atado, odiar o que não deveria ser odiado, chorar pelo leite já derramado, despir o que esta vestido, jurar o que jamais foi dito, ser livre para ser livre como quiser, e fazer o que der.
(Ilana Odorico)

Um comentário:

  1. Belíssimo, Ilana!

    Pra mim, um texto é bom (levando em conta a semântica) em duas situações: quando ele diz tudo que vc queria dizer e concorda com tudo o que ele diz; ou quando ele não diz nada que vc pensa, quando vc discorda quase que 100% dele! Esse aqui tem um pouquinho de cada um... :D

    Xeroo!=)

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